Argal Espada Quebrada (parte V)
Ao
final de seu discurso, uma aura de grandeza rodeava Argal Aran, que bradou um
urro tão poderoso que os céus responderam ao seu chamado. Os ocidentais foram
tomados por uma força desconhecida. Argal correu sozinho em direção de seus
inimigos, sua espada brilhando no ar em meio a sua corrida. Os guerreiros que
lhe acompanhavam desde a chacina nos Campos Selvagens bradaram em resposta e
correram de encontro a seu destino, logo depois o restante das tropas
ocidentais seguiam seu comandante para a batalha. Os goblinóides tremeram
perante a grandeza de seu inimigo e se atrapalhavam em suas fileiras. Argal se
assemelhava a um gigante enquanto brandia sua poderosa espada, vários inimigos
tombavam com cada um de seus golpes. O medo tomava o coração dos goblins.
A batalha retomava seu curso, Argal
abria caminho entre os monstros com um único objetivo em mente, Bereth Lärund.
A facilidade com que derrubavam inimigos era surpreendente, tombavam como
insetos. Os ocidentais estavam tomados por um frenesi heroico, uma força
selvagem guiava suas espadas, a força de Argal Aran.
Foi então que Girck, o Manco, surgiu
dentre as fileiras de seus soldados. Um dos maiores goblins já vistos em toda Aetheria, capaz de esmigalhar cinco homens com apenas um golpe. Veterano de
várias guerras e batalhas, experiente guerreiro e líder temido. Pôs-se frente a
frente com Argal e ergueu sua ameaçadora espada desferindo um vigoroso golpe em
sua direção. Argal se desviou do golpe e com um rápido movimento decepara a
cabeça do tão temido rei goblinóide. Apenas um oponente lhe interessava, Bereth
Lärund, seu inimigo jurado.
Ambos
os guerreiros cruzaram olhares, as duas espadas negras como a noite terminavam
de extirpar as tripas de um soldado ocidental e a formosa espada prateada
decapitava Girck. Bereth e Argal trocaram olhares temerários e raivosos.
Tomados pela fúria da batalha, saltaram um na direção do outro. Suas armas se
chocaram, poderosos golpes eram desferidos com exímia habilidade. Os dois
guerreiros haviam deixado de ser homens comuns há um longo tempo, uma aura
poderosa os circundava enquanto gladiavam e os demais soldados olhavam
assombrados.
Um dos mercenários sob o comando de
Bereth percebeu a luta entre os dois rivais, vendo que ambos se encontravam
compenetrados no duelo e tomados por forças além da imaginação, percebeu uma
abertura. Ele sabia que Argal era uma peça importante para o exército
ocidental, sem ele, a vontade da Aliança se quebraria como um vidro jogado ao
chão. Ergueu seu arco, sua pontaria deveria ser certeira. Tencionando
vigorosamente, apontou a flecha negra na direção do comandante ocidental. Em
meio ao tumulto da guerra, uma flecha zuniu em direção aos dois gigantes
guerreiros. Sangue escorreu pelas vestimentas de Argal, uma flecha
encontrava-se alojada em seu abdômen, o sangue brotava tal qual de uma fonte de
água rubra. Rebatendo para longe mais um poderoso golpe de Bereth, se ajoelhou
devido à dor que sentia.
Fim da quinta parte...
Fim da quinta parte...
En Taro Adún!
Jack.
Dica de música enquanto estiver lendo a quinta parte da saga de Argal Espada Quebrada!